As políticas para as áreas de novas tecnologias nos anos 1980 tornaram-se uma questão de interesse nacional no Brasil, especialmente a política de informática. A primeira seção deste artigo aponta algumas causas do novo status adquirido por estas políticas. As três seções seguintes analisam alguns dos problemas levantados no debate sobre a política de informática e que são aplicáveis às demais áreas de novas tecnologias também: o hiato tecnológico observado entre a oferta brasileira e internacional de bens e serviços de alta tecnologia, o desenvolvimento tecnológico interno e o planejamento e execução das políticas. A ênfase do artigo é analítica. Em parte, por limitação de tempo e espaço e por ser a política de informática bem conhecida factualmente e, principalmente, pela convicção do autor de que uma das principais tarefas que a academia pode prestar à evolução das políticas é aperfeiçoar a base analítica sobre a qual estas, frequentemente de forma implícita e mesmo ignara, repousam.