Este trabalho é parte dos resultados do Projeto Indústria Eletrônica, objeto de convênio entre o Instituto de Economia Industrial – IEI/UFRJ e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social -BNDES. Na primeira parte, dividida em duas seções, Fabio apresentou inicialmente a noção de um “complexo eletrônico”, analisando-se os componentes da base técnica que dão unidade a esse complexo. A seguir, analisou brevemente a evolução desse “complexo” e sua importância econômica, social e política. A segunda parte analisa o padrão de competição vigente no complexo eletrônico. Partindo da caracterização da caracterização do produto como um conjunto de atributos, o texto discute o mix de atributos que caracteriza os produtos eletrônicos e suas implicações para a estrutura dos mercados de produtos eletrônicos, bem como o padrão de competição que neles prevalece. A seguir, articula esses atributos às características da firma, distinguindo-se os recursos que a firma tem que ter internamente daqueles que pode adquirir extramuros. Desta forma pôde analisar as possibilidades de uma firma entrar, sobreviver e prosperar nos mercados eletrônicos, não apenas em função de suas características internas, como em função do contexto técnico e econômico em que opera – o que abre a possibilidade de comparações internacionais. A dimensão internacional do padrão de competição na eletrônica é aprofundada na terceira seção, onde “discute a vocação para a internacionalização” dos diversos recursos de competição utilizados pelas firmas do complexo, bem como as implicações dessa internacionalização para o surgimento e expansão de firmas locais e para a ação governamental em países como o Brasil. Finalmente, na última seção discute o papel do Estado na configuração da estrutura e padrão de competição do “complexo eletrônico”.