Inovação Tecnológica na Indústria Brasileira no Passado Recente – uma resenha da literatura econômica

Fabio S. Erber, Parcerias Estratégicas (CGEE) v.15, n.30, p.177-250, jan-jun 2010

A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) solicitou a Erber uma revisão da literatura brasileira sobre inovação e desenvolvimento a partir da década de 1990, com o objetivo de “sistematizar o pensamento gerado no Brasil a respeito das características e determinantes do desempenho das empresas atuantes no país em matéria de P&D, geração de tecnologias e inovação em processos e produtos”. A identificação dos textos foi feita por meio da consulta a publicações e pesquisadores (as) atuantes nessa área de conhecimento. A divulgação desta versão do texto visa a sanar omissões, além de submeter, em um espírito habermasiano, as conclusões ao debate. Estudos sobre o desenvolvimento tecnológico no Brasil foram frequentes durante a década de 1970, conforme mostra uma revisão feita há 30 anos (ERBER, 1979). Após um período de relativo ocaso, voltaram a proliferar no passado recente. Na próxima seção, apresento uma interpretação do que fez que a temática da inovação reassumisse um papel de relevo: a transformação tecnológica que ocorreu no mundo durante o período considerado, a convergência entre os economistas de diversas persuasões teóricas sobre a importância da inovação, assinalando as correntes que mais influenciaram a literatura nacional, os problemas enfrentados pela economia brasileira a partir do início dos anos 1990, as políticas destinadas a lidar com alguns desses problemas, notadamente a Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior de 2003 e a disponibilidade de novos dados sobre a inovação no Brasil a partir das pesquisas sobre inovação tecnológica feitas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)/Pesquisa de Inovação Tecnológica (Pintec). As seções seguintes analisam a literatura sobre inovação no Brasil. A seção 2 olha para os estudos que situam o Brasil no contexto internacional. A terceira seção examina os estudos que analisam o fenômeno no Brasil. Conforme explicado em breve introdução teórica, em que se destaca a importância do contexto macroeconômico para o investimento em inovação, o ordenamento dos estudos é feito cronologicamente, seguindo as etapas de investimento observadas na história brasileira dos anos 1990 até meados da presente década, período sobre o qual se dispõe de dados para pesquisas. Finalmente, a seção conclusiva sugere uma agenda de pesquisas futura, visando a aprofundar e complementar os estudos resenhados e, eventualmente, preencher algumas lacunas que Erber percebeu.

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