Política científica e tecnológica no Brasil: uma revisão da literatura

Fabio S. Erber, In Resenhas de economia brasileira, organizador João Sayad, São Paulo, Saraiva, 1979 (Série ANPEC)

A revisão não se propõe a ser exaustiva: concentra-se na literatura nacional (incluída nesta os brazilianists), as referências à literatura internacional tendo apenas um caráter indicativo. Mesmo quanto à literatura nacional convém utilizar uma boa tradição parlamentar e, desde o início, “to declare an interest”: toda revisão deste tipo (como de resto todo trabalho em ciência social) é enviesada. É possível que, dada a participação do autor na literatura, neste caso o viés seja maior, apesar dos esforços feitos para equilibrar o texto.Por questão de tempo e espaço deu-se ênfase aos textos que tratam da indústria de transformação, e a descrição das medidas de política científica e tecnológica e do aparato institucional que as implementa estão reduzidas a um mínimo.Com as reformas acima, a exposição foi ordenada seguindo, grosso modo, a lógica do “geral-para-o-particular”. Assim, na seção II apresentam-se aqueles trabalhos que discutem o papel da ciência e tecnologia no processo de desenvolvimento capitalista que, em verdade, tendem a enfocar principalmente o caso dos países centrais do sistema.As seções III e IV discutem os trabalhos que enfocam o caso brasileiro mais especificamente. A seção III trata dos estudos que discutem o problema da dependência tecnológica em suas várias ramificações, dos estudos que discutem a difusão de inovações no país, concluindo com a discussão dos trabalhos que analisam o papel do Estado na geração e difusão de ciência e tecnologia no Brasil.Na seção IV, discutem-se os trabalhos que enfatizam as consequências do uso da tecnologia para o desenvolvimento brasileiro – o seu papel no crescimento industrial, no balanço de pagamentos e sobre o emprego e distribuição de renda.Finalmente, na seção V procura dar um balanço na situação presente, apontando os resultados obtidos em termos de conhecimento, quanto ao entendimento dos fenômenos em tela, quer quanto à formulação de políticas. Conclui-se apresentando temas adicionais que deveriam ser objeto de pesquisa, especialmente pelos centros de pós-graduação em economia.

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