o economista
por Dulce Corrêa Monteiro Filha
O pioneirismo de Fabio Erber no desenvolvimento de ideias marcou toda a sua vida, com um raciocínio próprio fruto de seus estudos e pesquisas. Era um homem que sabia perguntar e ouvia as respostas de seus interlocutores, pois tinha sede de aprendizagem.
Este site é uma homenagem que vem tornar pública a história da construção do pensamento erberiano, visando sua difusão no âmbito acadêmico e político. Usando de elementos de inúmeras teorias, selecionando-as pela observação obtida na prática como executivo.
Fabio Erber conseguiu analisar, em profundidade, a interligação entre teoria do desenvolvimento econômico, política industrial e tecnológica e a importância do conceito de Convenções nas políticas econômica, social, histórica e cultural. Assim, mostrou o núcleo da dinâmica de acumulação do padrão de desenvolvimento estudado, assim como os limites nacionais (dado pelo nível de produção da estrutura econômica dos países da periferia) e internacionais (fruto do nível de circulação decorrente do padrão de comércio internacional).
Seu pensamento é atual e pode ajudar a melhor compreender o que se passa no Brasil, nos países centrais e na influência da política internacional sobre os países latino-americanos. Pela universalidade da abordagem erberiana, acredito que seus conceitos serão úteis ao grupo de países que Alice Amsden chamava de economias de industrialização tardia, mas não aos remanescentes.
Neste sentido, o site se propõe a ser um centro de debates sobre desenvolvimento econômico e social, políticas industriais e tecnológicas, assim como sobre a importância do conceito de Convenção do Desenvolvimento. Assim como pretende contribuir para difundir um debate sobre assuntos que levem a uma consolidação mais construtiva de uma nova visão de política.
“Fabio Stefano Erber foi um dos maiores especialistas em política industrial e tecnológica do Brasil. Ao mesmo tempo que se dedicou a entender, elaborar e introduzir no Brasil, América Latina e alguns outros países e órgãos internacionais para os quais prestou consultorias, teve a oportunidade de pôr em prática suas ideias e conceitos, contribuindo para realizar mudanças fundamentais no país. Exerceu importante papel no resgate das políticas de desenvolvimento e, especialmente, como um dos principais articuladores da Política Industrial, Tecnológica e Comércio Exterior (PITCE), durante o segundo mandato como Diretor do BNDES, no primeiro governo de Luís Inácio Lula da Silva.”
Helena Lastres