Conheci o Fabio na Inglaterra em 1978, quando eu trabalhava como pesquisadora no Science Policy Research Unit (SPRU), na Universidade de Sussex, e o Fabio estava terminando o Doutorado.  Ele me introduziu a muitos aspectos sobre a inovação e o funcionamento institucional no Brasil. De entrada, eu achei-o muito inteligente, gostava de seu senso de humor e de sua perspectiva crítica do mundo. A relação virou uma amizade inicial que se aprofundaria com os anos.  Tivemos o tempo de trocar experiências e eu me interessei sobre a aproximação teórica e os temas dos impactos da inovação no processo de trabalho, intercâmbio que resultaria, poucos anos depois, no Rio de Janeiro,  em um artigo conjunto para a ANPECS escrito com outros colegas.

No Rio de Janeiro, em 1980, fui recebida com muito carinho por ele, Ana Erber e toda a sua familia. Eles foram um apoio muito importante nos anos da minha inserção no país e pelo qual eu os agradeço até hoje.

Fabio também colaborou informalmente com a minha pesquisa, me facilitando contatos e me dando feedback muito útil. A relação era, acima de tudo, de carinho e de troca afetiva, e se manteve, de modo esporádico, ainda quando eu voltei para Argentina.

No final da sua vida, eu tinha voltado ao Rio para trabalhar no Instituto de Economia e pude ser testemunha de seu crescimento como pessoa e em nível acadêmico. Ensino com alguns dos artigos da sua vasta obra até hoje. Eu acho que minha vida ficou mais rica e interessante por conhecer o Fabio.