Ana Maria Murtinho Erber
Esposa de Fabio | 2020 | Depoimento enviado
“A Falta que Tu Me Fazes”
Meu Fabio querido,
Estava agora lendo uma homenagem que seu irmão fez pelo seu aniversário. Ele diz: “Às vezes num lampejo, penso: quero contar isso ao Fabio.
Em seguida, é como ficasse sem chão.”
O sentimento é esse: quantas lembranças, quantos acontecimentos. Vida que segue. Você partiu mas esta sempre conosco.
Tempos depois que você partiu li um livro de uma escritora que esqueci o nome e não tenho como saber porque dei para uma amiga viúva também (rs). O livro chama-se “A falta que Tu me Fazes” – é sobre a correspondência de um casal depois que ela morre. E a correspondência é sobre tudo aquilo que cada um gostaria de ter dito ao outro. Quantas coisas que deveriam ser ditas, quantos momentos que eu adoraria que você estivesse aqui compartilhando. O que você diria? Como se sentiria?
E o livro é isso, é sobre a saudade que dói.
Respondendo ao Piero eu disse que a sua imagem é tão viva.
Muitas vezes eu lhe vejo chegando em casa com sua bolsa a tiracolo, seu cabelo a la Einstein e aparecendo na porta do meu escritório com um sorriso.
Saudade dói. Mas é bom senti-la. Saudade de tudo aquilo que se viveu de tudo que você foi.
Pode parecer estranho mas saudade é vida. E eu gosto e quero sempre sentir saudades de você, meu amor.
Ana
Regina Dahn (Gigi)
Eu tinha entre 18 e 19 anos de idade, estava há dois anos morando no Rio, em Ipanema, vinda de Cuiabá, minha cidade natal e andava atribulada por uma paixão "fora de propósito" por um intelectual de esquerda que tentava insistentemente me convencer, entre outras "barbaridades", de que o Deus no...